Antes de se aprofundar no tema específico da diversidade e inclusão, é importante saber o que é um líder inclusivo e qual o papel que este desempenha dentro de uma empresa. Quando falamos em líder inclusivo estamos a referir-nos a uma pessoa que é capaz de realçar ao máximo as características e qualidades de cada um dos membros de uma equipa com o objetivo de alcançar um objetivo comum.
Como reconhecer um bom líder inclusivo, dentro das políticas de diversidade e inclusão? Consideramos que uma pessoa com liderança inclusiva é aquela que reúne as seguintes qualidades:
- É capaz de aceitar e aprender com os erros e, por outro lado, partilhar o sucesso alcançado com todos os membros da sua equipa.
- Alguém que está ciente dos preconceitos que podem existir nas diferentes decisões que deve tomar.
- Faz com que todos os membros da equipa se sintam importantes dentro dela e sejam participantes em tudo o que acontece na empresa.
- Sabe exercer o papel de mediador na resolução dos diferentes conflitos que possam surgir.
- Valoriza cada pessoa, aceitando as suas qualidades e defeitos.
- Recorre à ética nas decisões que deve tomar.
- Sabe colocar-se na “pele” dos outros, ou seja, é empático.
- Faz com que a equipa trabalhe sempre com respeito, participação e colaboração.
- Responde às necessidades da equipa, adaptando-se às circunstâncias que possam surgir a qualquer momento.
É importante que haja pessoas que, pouco a pouco, vão transformando o setor empresarial no que diz respeito à sua Visão de liderança inclusiva. Para isso, é preciso trabalhar alguns fatores:
- Diversidade consciente. Um líder inclusivo tem de estar ciente dos seus preconceitos.
- Consciencialização. Envolver as empresas na realidade social existente, criando consciência da mesma nos líderes.
- Visão estratégica. A diversidade e a inclusão devem tornar-se um elemento estratégico.
- Diálogo. Promover um diálogo que sirva gradualmente para transformar e construir a visão das empresas em relação à inclusão.
- Compromisso com a Diversidade e Inclusão.
- Saber comunicar com sensibilidade e agir contra a exclusão, a desigualdade e a discriminação.
Por outro lado, devemos considerar que há diferentes fatores que ocorrem na sociedade e que também podem ser encontrados dentro das empresas:
- Vieses inconscientes. São um elemento muito importante em termos de diversidade. É importante compreendê-los para mudar a forma como pensamos. Muitas vezes levam-nos a ter impressões erradas de alguém sem o conhecer.
- Ignorância. O pouco conhecimento que existe nas empresas em termos de diversidade e inclusão leva a não apostar ou pensar – erradamente – que é um risco incluir a diversidade nas equipas. Várias empresas já testemunharam o contrário. Um ambiente diversificado promove a produtividade e a felicidade corporativa.
- São provavelmente um dos maiores “fardos” da sociedade e são também transferidos para as empresas. Julgar uma pessoa antes mesmo de conhecê-la leva, em muitas ocasiões, a não apostar na contratação de um trabalhador que poderia contribuir muito para a empresa.
- Discriminação e rejeição. A indiferença ao “novo” ou ao “diferente” leva à rejeição de pessoas muito válidas. As “primeiras impressões” levam-nos na vida a tomar decisões rápidas e erradas.
- Superproteção. Uma pessoa com deficiência dentro de uma empresa tem de desempenhar as mesmas funções que as restantes, sem a excluir. Muitas empresas quando encontram pessoas com deficiência nas suas equipas pensam que têm de as proteger mais do que as restantes e não é assim. Precisam de mais apoio ou talvez de mais tempo para fazer as coisas, mas isso não significa que não possam fazer as mesmas tarefas que os outros colegas.
- Indiferença. Não ter um compromisso com as políticas de inclusão nas empresas causa menos diversidade.
Analise estes tópicos e lembre-se que o sucesso de qualquer projeto depende muito da envolvência das suas equipas. Por isso, inclua a estrutura na sua liderança inclusiva.